A Palavra referindo-se ao conjunto de letras é a parte escrita ou
gráfica. E a palavra da análise morfológica constitui-se da unidade de
linguagem humana que pode representar um pensamento e construir um enunciado. A
perspectiva abordada pela morfologia é estudar e tem como instrumento de estudo
a formação e estrutura da palavra, observando-a de forma isolada. Contudo, não
há uma definição consolidada e unificada sobre o conceito de palavra.
O sentido do texto não é
redutível à soma dos sentidos das palavras que o compõem nem dos enunciados em
que os vocábulos se encadeiam, mas que decorrem de uma articulação dos
elementos que o formam: que existem uma sintaxe e uma semântica do
discurso." (Fiorin 1997:31).
Os Morfemas são as partes de uma palavra, o qual apresenta o menor
elemento significativo, da Língua Portuguesa e subdivide-se em gramatical e
lexical. Onde os pedacinhos que compõem a palavra dispõem da forma e
significado mais frequentes. E essas palavras serão analisadas como raiz,
radical, desinência, vogal temática, tema e afixo. Segundo, M. Basílio se
define a Morfologia como a parte da gramática que estuda a palavra do ponto de
vista da forma. Entretanto, é necessário especificar os termos centrais palavra e
forma, ambos altamente indeterminados, além de comuns à linguagem
técnica e à linguagem cotidiana e cambiantes, em diferentes visões do fenômeno
lingüístico. Se considerarmos, por exemplo, a gramática clássica, a morfologia
se concentra na flexão; o objeto de estudo seria o paradigma ou esquema de
variações de forma da palavra na expressão de categorias gramaticais.
A realização
concreta de um morfema se denomina Morfe e a parte gráfica ou de oralização.
A definição de caráter mais abstrato, abraçada por Lyons (1979): o morfema é
uma classe de morfes. Trata-se de um critério distribucional. Cada unidade é um
morfe, unidade da substância. Assim, -s e -es, por exemplo, são morfes de
plural. O conjunto dos morfes é o morfema da Forma do Conteúdo plural, unidade
da gramática, sendo o termo forma utilizado no sentido saussuriano como feixe
de relações, o que foi adotado por Hjelmslev (1974). Conteúdo é forma, enquanto
organiza o mundo extralinguístico através do microssistema gramatical. Quando há
mais de um morfe para o mesmo morfema, ocorre
alomorfa. Alomorfes são, portanto,
as diversas realizações de
um único morfema, ou vários morfes.
A Raiz é o elemento que indica o significado básico da palavra, que é
composta por um núcleo semântico. A palavra ser composta apenas pela raiz, por
sua base fixa, como em mar ou possuir morfemas periféricos, como em marinheiro.
É a parte que dá sustentação as todas as outras palavras da mesma família. Segundo
Vendryès, numa perspectiva
lingüística, visava a identificar as unidades inferiores à palavra, para chegar
a uma análise mórfica viável e ao reconhecimento das classes vocabulares.
Morfemas abrangem não apenas o que admitimos como formas dependentes, mas
também formas presas como as desinências. Se semantemas abrangem palavras
indivisíveis, como mar e sol, também abrangem constituintes nucleares de
palavras divisíveis (pelo menos, segundo interpretação corrente), como cant-, de cantar, livr-, de livraria.